DestakesGospel

Da Luta à Vitória: A Superação da Pastora Francesa Contra o Lupus e a Falência Renal

Getting your Trinity Audio player ready...

“Levanta e anda!” O primeiro de dois milagres vivenciados pela pastora Adna.

“A pastora Adna fala sobre suas lutas e dores, mas, acima de tudo, sobre dois grandes milagres recebidos do Senhor na área da saúde quando tudo parecia perdido.”

Receber do Senhor um milagre já é uma grande alegria e motivo de eterna celebração e gratidão. Imaginem enfrentar duas terríveis situações que ameaçam a saúde, a vida, mas encontrar em Deus a cura que a medicina não poderia lhe oferecer. Isso tem um único nome: milagre! E é essa história que você vai conhecer agora, a história de Adna Morais, natural da Guiana Francesa, hoje, pastora Adna, que, há três anos, pastoreia com seu esposo, o pastor Raimundo Morais, “um pequeno rebanho que Ele nos confiou”.

Diagnostico de enfermidade – um grande pesadelo.

Em 2007, Adna tinha 11 anos de idade e estava prestes a entrar na 6ª série colegial, tudo estava preparado para o novo ano letivo e ela estava ansiosa para o início das aulas. Entretanto, durante as férias escolares, ela adoeceu. Embora sua mãe a levasse ao médico por várias vezes, ela continuava enferma e com muita febre, além de não se alimentar direito, pois vomitava muito. Seus pais pediram orações à igreja e à família.

Por orientação médica, seus pais a levaram ao hospital, onde ficou internada. Seu estado de saúde se agravava cada vez mais, até que ela perdeu o movimento das pernas. Os médicos da Guiana decidiram enviar os exames dela para o hospital Necker Enfants Malades em Paris (FR), um dos melhores hospitais franceses para crianças. Tudo deveria acontecer o mais rápido possível, pois ainda não tinham descoberto a enfermidade, mas sabiam que era grave e que o tempo acelerava o avanço da doença. No início do mês de setembro de 2007, Adna foi levada para França na companhia de uma enfermeira que fazia as ligações entre os hospitais. Por questões familiares e de documentação, seus pais não puderam acompanhá-la. Foi um período muito difícil para todos. Chegando à França, Adna foi diretamente para a UTI, onde permaneceu por algumas semanas. Sua mãe finalmente chegou antes do diagnóstico: Adna estava com Lúpus Eritematoso Sistêmico. “O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, ou seja, que ocorre quando o sistema imunológico do seu corpo ataca seus próprios tecidos e órgãos. A condição é capaz de afetar diversos sistemas do corpo, como articulações, pele, rins, células sanguíneas, cérebro, coração e pulmões, que pode ser de forma rápida ou lenta e progressiva, variando com fases de atividade e de remissão. Não existe cura para a enfermidade, mas existe tratamentos eficazes para o controle da doença e redução de sintomas.” (Fonte: altadiagnosticos.com.br)

Pela demora no diagnóstico, o lúpus já tinha afetado seus membros inferiores, criando uma inflamação que foi o motivo de ela perder o movimento deles. Além de passar por várias cirurgias, para retirar a inflamação da perna direita, Adna teve uma lesão cerebral e tinha muitas convulsões. O tempo foi passando e, “graças a Deus, conseguiram estabilizar meu estado de saúde com os medicamentos; saí da UTI e fui para o quarto, mas não andava mais. Minha mãe me ajudava no banho, nas minhas necessidades pessoais, enfim, em tudo. Os médicos disseram a ela que talvez eu não andasse mais. Estaria condenada a viver em uma cadeira de rodas, mas minha mãe não aceitou aquelas palavras”.

O primeiro milagre

Certa noite, como sempre faziam, começaram a louvar a Deus e orar. Em um desses momentos de louvor, adoração e oração, o Senhor se apresentou a elas. Já era tarde da noite e todas as luzes do hospital estavam apagadas: “De repente, uma luz invadiu nosso quarto! Minha mãe me perguntou se eu também estava vendo a luz e eu respondi que sim!” Pela manhã, depois do banho e do desjejum, sua mãe a levava na cadeira de rodas pelos corredores do hospital. Contudo, na manhã seguinte àquela visão, Adna disse repetindo por três vezes: “Mãe eu quero andar!” Sua mãe lhe pediu alguns instantes para levá-la como de costume, mas quando se deu conta, Adna já estava perto da porta, estava caminhando! Os enfermeiros e médicos que estavam por perto começaram a gritar e a exclamar: “Meu Deus, só pode ser um milagre! Ela está andando!” Naquela noite, Adna recebera o seu milagre: “Eu havia recebido o diagnóstico de que estaria condenada a viver em uma cadeira de rodas, mas o Senhor me disse: ‘levanta e anda’! Glória Deus. Ele é maravilhoso, bom e fiel! Voltei a andar para honra e glória do Senhor!”

O cumprimento de um plano de Deus para Adna

Aos 16 anos, Adna pensava que nunca se casaria, afinal, ela enfrentara inúmeras cirurgias, dores terríveis, longas internação nos hospitais de Paris e tinha o corpo marcado por cicatrizes e efeitos de remédios. Mas Deus tinha um plano de vida a dois para ela! Assim, em 2012, ela conheceu o pastor Raimundo Morais, que, na época, ainda não desempenhava o ministério pastoral. Deus realizou o desejo de Adna, de se casar com um homem que, assim como ela, fosse temente a Ele: “O Senhor nunca falha! Ele realizou o meu desejo e, em novembro de 2014, nós nos casamos e nos tornamos uma só carne (Gênesis 2:24). Raimundo entrou em minha vida trazendo alegria e esperança de construir uma família. Estamos casados há dez anos e esperamos o cumprimento da promessa do Senhor para nossa vida em relação a filhos. Cremos que Deus é o Deus do impossível, que tudo é possível para Ele. Fiel é o que nos prometeu. Amém!”

Adna gosta de compartilhar sua história por saber que ela representa a realidade de muitos que, em meio a enfermidades, perdem a esperança de formar uma família. Mesmo sendo muito jovem, ela encontrou força na fé para prosseguir: “Como diz meu esposo, temos um Deus que dá força ao cansado e chama à existência as coisas que não são como se já fossem. Que meu testemunho seja encorajamento para todos os que enfrentam lutas semelhantes e exemplo explícito do poder e do amor de Deus.”

Diagnóstico da falência renal – mais uma batalha a ser vencida.

Em 2021, já casada, Adna enfrentaria mais uma terrível situação. Ela estava se sentindo muito cansada, exausta e vomitava muito. Emagreceu, de 70 kg passou para 44 kg. Diagnóstico? Falência total dos rins: “Confesso que fiquei um pouco desnorteada, sem entender o que estava me acontecendo. E perguntando a Deus o porquê de aquilo estar me acontecendo.” Direcionada por sua nefrologista, de Paris, ela consultou com o nefrologista da Clínica Oreliance. Ali, eles lhe propuseram escolher entre dois métodos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal. Ela passou por cirurgia para colocar o cateter no abdome e iniciou a diálise peritoneal em casa.

A diálise estava indo bem até desenvolver uma infecção, uma peritonite. Depois de muitos antibióticos, a bactéria ficou resistente a eles e Adna passou mal novamente. Foi necessária nova cirurgia para fazer uma lavagem no peritônio. Houve recidiva da bactéria e foi imperativo retirar o cateter, pois seu corpo já estava muito debilitado. Duas semanas depois, o cateter foi inserido no pescoço para proceder com a hemodiálise: “Por muitas vezes, pedi a Deus para passar de mim aquele cálice, pois meu corpo estava muito dolorido e eu sofria demais; mas prossegui e comecei a hemodiálise. Muitos podem supor que o processo da hemodiálise é tranquilo, afinal, você fica deitada durante quatro horas, pode ler e descansar. E é verdade, mas quando está próximo do final da hemodiálise, o corpo fica tão extenuado, a mente tão cansada… não sei explicar muito bem, mas é um cansaço triplicado. Passei praticamente um ano fazendo diálise peritoneal e um ano e meio fazendo hemodiálise.”

Às vezes, ela perguntava para Deus quanto tempo duraria aquele processo, porque socialmente era complicado, pois tinha de ir à clínica Oreliance três vezes por semana e teve de adaptar toda a sua rotina a isso.  Sua irmã Gabriela se prontificou para fazer os testes de compatibilidade, mas o professor Legendre, depois de analisar o perfil de Gabriela, disse-lhe que não seria possível, pois ela ainda não tinha filhos e poderia ser que um dia algum deles precisasse. O Pr. Raimundo, seu esposo, fez os testes de compatibilidade, mas não foi compatível, pois o sangue de Adna estava rejeitando o dele. Então, o médico coordenador explicou a situação e lhe disse que ela teria de passar por sessão de dessensibilização, processo cuja finalidade é a diminuição da sensibilidade alérgica por meio da inoculação de doses crescentes do antígeno que produz a alergia. Percebendo a complicação que estava se tornando, o pastor Raimundo apresentou essa questão ao Senhor pedindo que a Sua vontade fosse feita: “Ficamos emocionalmente abalados, afinal, a única esperança que tínhamos poderia não dar certo. Mas quem dá a última palavra é Deus. Gosto do Salmo 37, versos 3 ao 5, que dizem: ‘Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.’ Esses versículos marcaram minha vida! É o que fiz e continuo fazendo.”

O segundo milagre

Eles começaram a orar em prol do transplante. Menos de uma semana depois, eles estavam orando, na madrugada de sexta-feira, dia 2 de fevereiro, a 1h30, quando Adna recebeu um telefonema do hospital Necker de Paris autorizando o transplante: “Fiquei sem acreditar! Embora meu esposo me dissesse para eu tentar descansar um pouco, não consegui dormir a noite toda, ansiosa, agradecendo a Deus!” Ao amanhecer, ela foi a Paris iniciar uma bateria de exames (de sangue, scanner, ecografia etc.) que indicaram a sua compatibilidade com o rim doado. A cirurgia foi um sucesso e ela retornou ao quarto: “Ao acordar, a primeira coisa que tive vontade de fazer foi urinar; pode parecer insignificante, mas para mim era algo muito importante. Quando por durante dois anos você perde a vontade de urinar e encontra novamente essa sensação… só mesmo Deus para operar maravilhosamente assim!”

Dia 3 de fevereiro de 2025 completou um ano após o transplante. No mês de dezembro, aconteceram pequenas complicações, “mas nada que o Senhor não possa operar! O inimigo se levanta para tentar roubar a nossa bênção, mas ele já é um derrotado, pois quem garante a minha e a sua vitória é Deus!” Adna segue confiante e feliz por poder continuar o seu ministério pastoral, que, como ela define, “é primeiramente um convite de Deus para cuidar, ensinar e viver segundo as Santas Escrituras. É guiar o Seu povo com amor, fidelidade e dedicação a viver na liberdade pela qual Cristo nos libertou. Tanto pessoalmente, à medida que amadurecemos, quanto na comunidade, ajudando-nos uns aos outros a crescermos espiritualmente”.

Adna Morais, natural da Guiana Francesa, nasceu no dia 2 de abril às 6h30 da manhã, na cidade de Kourou. É filha do pastor Ângelo dos Santos Paiva e da diaconisa Maria Geralda dos Santos Paiva. É a segunda de quatro filhos. Por ordem decrescente são: Bezaleel, Adna, Maryse Gabriela e Evelyne Angely, todos nascidos em um lar cristão, educados e ensinados na Palavra do Senhor. Desde criança, Adna ama louvar a Deus. Gostava de brincar de culto com suas irmãs, colocando as bonecas como os irmãos e irmãs da igreja. Seu pai, sempre dedicado e esforçado, fazia o máximo para que a família sempre tivesse os últimos lançamentos de álbuns de cantoras e cantores para estarem se aplicando ao louvor.

Creia, Deus ainda faz milagres, eu mesma vivo um milagre a cada dia. Toda honra e toda glória são para o Senhor. Mesmo que você não veja nada acontecendo, Deus está trabalhando em seu favor, é no silêncio que Ele opera! Mesmo que as circunstâncias digam não, você precisa ter fé e exercitá-la, pois as situações contrárias nos lembram que somos pó e que precisamos verdadeiramente do Senhor em nossa vida, como diz Sua Palavra, ‘sem mim, nada podeis fazer’ (João 15:5). Não são as circunstâncias que definem o nosso futuro, pois podemos todas as coisas naquele que nos fortalece (Filipenses 4:13). Deus cumpre as promessas que Ele tem feito a nosso respeito. Elas podem parecer demoradas, mas no momento certo, elas sempre se cumprem na minha e na sua vida. Deus é fiel! ‘O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns’, assim, portanto, ‘Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.” – 2 Pedro 3:9, 1 Tessalonicenses 5:18.” (Pra. Adna Silva)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Outros Destakes

Mais notícias nessa categoria:Destakes